O que é não estar em casa e
esquecer de adiantar o relógio em um hora?
É chegar uma hora adiantada ao
treinamento... e ficar sem ter o que fazer (até porque, como eu vim para o
treinamento, deixei Clarice Lispector no hotel), sem ter com quem falar, por
que em Belém agora é 7h00 (não pensei em ninguém já acordado - talvez em
casa?!!!)
Frio, prédios, túneis... “mas é
que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi da dura poesia concreta de tuas
esquinas...”
No aeroporto, à noite antes de
pousar, parecia um mar de luzes, pra qualquer lugar que eu olhava tinha luz a
perder de vista, e quando eu desci do avião: FRIO! Até mais do lugar que das
pessoas (como tantos me avisaram e reforçaram). Um frio suportável, os dois.
Achei que escrever ajudaria a
passar meu o tempo, mas por mais que eu pense em qualquer coisa pra colocar
aqui, olho pro relógio e as horas não estão passando...
Andar por aí ou não andar? Eis a
questão!
Hum...
Por hora (lá vem as “Horas” outra
vez), acho melhor não, como ainda não sei pra onde ir, posso perder a “HORA” e
acabar me atrasando para o primeiro dia de treinamento.
Sentei no Café Telefônica e
queria pedir uma Média, mas o croissant de queijo e presunto me pediu. Foi um
enorme croissant, com uma caneca de Café com leite. E mais uma jarra de suco de
Goiaba, me empachei e nada de dar a bendita hora...
Ia esquecendo de exemplificar meu
primeiro contato “frio”. Na recepção: “ – O que? Guardiã de Pedidos? O que é
isso? (essa frase pronunciada com certo desprezo) Espera aí quando chegar
alguém, mando falar cocê.”
- Tudo bem, eu sou a Rosa!
... depois de empachada,
atravessei a Rua e fui... aí já tinha mais gente pra esperar comigo!
São Paulo, 17 de Janeiro de 2012